NOVENA À SANTA MARIA MADALENA: FEMININO SAGRADO
Celebramos Maria Madalena em 22 de julho.
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Maria Madalena nunca duvidou do Cristo. Ela acreditava que ele realmente era o Messias.
Com outras mulheres, ela seguiu o Cristo, escutando Sua palavra e deliciando sua alma com os ensinamentos do Mestre.
Ao lado da Virgem Maria e do evangelista João, ela viu o Cristo partir em direção ao Pai após todo o sofrimento da Paixão.
Ela chorou lágrimas sentidas quando não encontrou o corpo do Mestre.
E sobretudo, ela foi a primeira à ver o Cristo ressuscitado e à anunciar a Sua ressurreição.
Em sua iconografia, Maria Madalena pode vir à ser representada com um vaso de perfumes que traz em suas mãos. Em algumas versões, o vaso não é considerado de perfume e sim de pomada ou bálsamo.
Ela também é representada com uma longa e farta cabeleira, símbolo típico da mulher cortesã pois naquela época, não era nada bem visto às mulheres deixarem seus longos cabelos soltos e à mostra.
Ambas as representações citadas acima, do vaso e da farta cabeleira, estão relacionadas à esta passagem da Bíblia, o relato de "Maria aos pés de Jesus" (embora seja apenas mencionado Maria e não, Maria Madalena): "Então Maria tomando um arrátel de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento. Então um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse: Porque não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres? Ora ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava. Disse pois Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto. Porque os pobres sempre os tendes convosco; mas a mim nem sempre me tendes." O nardo era um unguento caríssimo e está relacionado ao perfume. A farta cabeleira com os quais os pés de Jesus foram lavados e enxugados, antes, símbolo de devassidão e imoralidade, passa a ser um instrumento de redenção.
As vestes amarelas - cor associada à sensualidade na Idade Média estão presentes em algumas imagens e pinturas de Maria Madalena (principalmente, no período medieval) mas atualmente, o vermelho lhe vem sendo associado.
Na situação de Madalena penitente, a iconografia a mostra com vestes andrajosas, com um crânio na mão ou junto de si - símbolo da fugacidade da vida e um crucifixo junto do qual ela ora.
Depois da morte de Jesus, partiu em direção à terras estrangeiras (a França) e retirou-se como eremita para um gruta (la Sainte Baume) onde viveu por trinta anos, comendo raízes. Com o tempo as suas roupas gastaram-se e romperam-se, sendo que seus cabelos cresceram para a cobri-la. Por essa razão, Ela foi representada diversas vezes em diversas obras de arte com seus cabelos cobrindo-a completamente.
Maria Madalena recebia constantemente a visita de anjos e no dia da sua morte, eles a terão levado a receber o SS, elevando-a depois ao céu.
Não há qualquer fundamento bíblico para considerá-la como a prostituta arrependida dos pecados que pediu perdão a Cristo; também não há nenhuma menção de que tenha sido prostituta na Bíblia.*
O que é certo é que Maria Madalena foi uma grande mulher e discípula do Cristo.
Vamos, então, caminhar ao lado de Maria Madalena, durante estes nove dias de oração.
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Conheça também a tradição que conta a chegada de Maria Madalena na Provença francesa.
(ainda em construção)
Nota*: Este episódio é frequentemente identificado com o relato de "Maria aos pés de Jesus": "Então Maria tomando um arrátel de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento. Então um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse: Porque não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres? Ora ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava. Disse pois Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto. Porque os pobres sempre os tendes convosco; mas a mim nem sempre me tendes." João 12, 2-9