Canalblog
Editer l'article Suivre ce blog Administration + Créer mon blog
Publicité
OREMOS - Orações, Novenas & Meditações
16 novembre 2018

SANTA GERTRUDES - Filha dileta do Coração de Jesus

Celebramos Santa Gertrudes no dia 16 de novembro.IMG_9395Tão ligada ao sobrenatural, mais parecia um anjo do Céu que uma criatura terrena. Viveu alheia às atrações mundanas e foi tida como “sustentáculo da religião”

Pouca coisa se sabe da vida de Santa Gertrudes. Os cinco livros de suas revelações nos oferecem poucos dados sobre sua própria vida. Sabemos que nasceu pelo ano de 1256. Seus pais a colocaram como aluna das beneditinas de Rodesdorf quando tinha apenas cinco anos.

Era priora desse mosteiro outra Gertrudes, de Hackeborn. Muito piedosa e culta, esta priora, vendo a estupenda inteligência de sua homônima, incentivou-a muito não apenas na observância monástica, mas também nas atividades intelectuais que Santa Lioba e suas freiras anglo-saxãs haviam transmitido às suas fundações na Germânia (atual Alemanha).

A pequena Gertrudes encantava a todos. Nessa alma, Deus reuniu o brilho e o frescor das mais belas flores à candura da inocência, de maneira que encantava todos os olhares como atraía todos os corações”, diz sua biógrafa e contemporânea1.

A educação de Gertrudes foi confiada à irmã da priora, Matilde, muito adiantada na vida mística e na santidade. Esta procurava incutir nas almas de suas alunas o fogo do amor de Deus que devorava seu coração. E encontrou em Gertrudes um campo propício para isso. Assim, conservando a pureza de coração durante os anos de sua infância e adolescência, e entregando-se com ardor aos estudos e artes liberais, [Gertrudes] foi preservada pelo Pai das misericórdias de todas as frivolidades que, com frequência, arrastam a mocidade2.

IMG_9386

Na conversão, recebe os estigmas de Cristo.

Entretanto, em seu afã de passar das línguas para a retórica, e desta para a filosofia, ela diminuiu um tanto seu primitivo fervor. Foi quando, aos 26 anos de idade, depois de um mês de terrível provação, Nosso Senhor apareceu-lhe e fez-lhe compreender sua falta: “Provaste a terra com meus inimigos e sugaste algumas gotas de mel entre os espinhos. Volta a mim, e te inebriarei na torrente de meu divino amor3.

Sua biógrafa explica: Então Gertrudes compreendeu que tinha estado longe de Deus, em região desconhecida, quando, aplicando-se até esse dia aos estudos mundanos, descuidara de lançar seu olhar para a luz da ciência espiritual e, devido a um apego muito forte aos encantos da sabedoria humana, descuidara de lançar seu olhar para a luz da ciência espiritual4. Nessa visão foram-lhe impressas, não de modo visível externamente, os sagrados estigmas de Cristo Senhor Nosso.

Após tais acontecimentos, que ela chama de “sua conversão”, entregou-se com ardor ao estudo da teologia escolástica e mística, da Sagrada Escritura e dos Padres da Igreja, sobretudo de Santo Agostinho, São Gregório Magno, São Bernardo e Hugo de São Vítor.

No mosteiro, ela não exercia outra função senão a de irmã-substituta da irmã-cantora, Santa Matilde. Apesar de sempre doente e lutando tenazmente contra suas paixões, atendia às inúmeras pessoas que a vinham consultar, com citações dos livros sagrados empregadas tão a propósito, que não permitiam objeções5. 

Para esclarecer seus consulentes escreveu em língua vernácula (as outras obras, escreveu-as em latim) alguns tratados, nos quais explicou passagens obscuras da Sagrada Escritura e transcreveu as mais belas sentenças dos Padres da Igreja. Infelizmente essas obras se perderam.

Sua biógrafa, que era uma de suas ardentes condiscípulas, afirma também que Gertrudes era fortíssimo apoio da Religião, defensora tão zelosa da justiça e da verdade, que seria possível aplicar-lhe o que se diz do sumo sacerdote Simão no mesmo livro da Sabedoria: ‘Sustentou a casa durante sua vida’, isto é, foi o sustentáculo da Religião; ‘e em seus dias fortificou o templo’, no sentido de que, por seus exemplos e conselhos, fortificou o templo espiritual da devoção e excitou nas almas um maior fervor6

IMG_9390

Pureza, humildade, bondade, fidelidade, caridade

Num ano em que o frio ameaçava os homens, animais e colheitas, durante a Missa Santa, Gertrudes implorava a Deus que desse remédio a esses males. E teve a seguinte resposta: Filha, hás de saber que todas tuas orações são ouvidas”. Ao que ela replicou“Senhor, dai-me a prova desta bondade fazendo com que cessem os rigores do frio”. Ao sair da igreja, a santa notou que os caminhos estavam inundados pela água produzida pela neve derretida. O tempo favorável continuou, e começou mais cedo a primavera7.

Santa Gertrudes procurava esclarecer-se sobre suas visões, especialmente com Santa Matilde, que também era favorecida com aparições de Nosso Senhor Jesus Cristo. Santa Matilde aconselhava Santa Gertrudes em suas dúvidas.

Sobre as duas, tendo uma alma santa do mosteiro perguntado a Nosso Senhor por que exaltava Gertrudes acima de todas e parecia não reparar em Matilde, Ele respondeu: ‘Eu faço grandes coisas nesta, mas as que faço e ainda farei naquela são bem maiores’”. 

E explicou o porquê dessa predileção: “Um amor todo gratuito me prende a ela, e é este mesmo amor que, por um dom especial, dispôs e conserva agora em sua alma cinco virtudes, em que me deleito: uma verdadeira pureza, pela influência contínua de minha graça; uma verdadeira humildade, pela abundância de meus dons, pois, quanto mais realizo grandes coisas nela, mais ela mergulha nas profundidades de sua indignidade pelo conhecimento de sua fragilidade; uma verdadeira bondade que a leva a desejar a salvação de todos os homens; uma verdadeira fidelidade, pela qual todos os seus bens me são oferecidos pela salvação do mundo; enfim, uma verdadeira caridade que a faz amar-me com fervor, com todo seu coração, toda sua alma e todas suas forças, e ao próximo como a si mesma por minha causa8.

Notas:

1. Revelações de Santa Gertrudes, Livro I, cap. 1, p. 9 – Artpress, São Paulo, 2003. As citações das Revelações serão sempre desta obra.

2. Idem, cap. 1, p. 10.

3. Idem, Livro II, cap. 1, p. 10.  

4. Idem, Livro I, cap. 1, p. 10.

5. Idem, Livro I, cap. 1, p. 11.

6. Idem, Livro I, cap. 1, p. 12.

7. Edelvives, El Santo de Cada Dia, Editorial Luis Vives, S.A., Saragoça, 1949, vol. VI, p. 166.

8. Revelações, Livro I, cap. 3, pp. 19-20.

Fonte: texto de Plinio Maria Solimeo. Clique AQUI para saber mais ou veja em catolicismo.com.br

IMG_9388

Publicité
Publicité
Commentaires
OREMOS - Orações, Novenas & Meditações
Publicité
Newsletter
Archives
Pages
Visiteurs
Depuis la création 667 097
Publicité