Louvor ao Espírito Santo
Este louvor é obra de Santa Hildegarda de Bingen.
Louvado seja, ó Espírito de fogo,
que age ao som dos tamborins
e das cítaras.
*
O espírito dos homens queima de ti
e as tendas de suas almas
contém suas forças.
*
De lá, a vontade se eleva
E dá à alma o sabor,
E o desejo que é a sua lanterna.
*
A inteligência te chama com as pronúncias mais suaves
E te constrói os templos com a razão
que sua sangue e água para as obras de ouro.
*
Mas o que o fruto proibido trouxe
pela mais negra das mortes,
tu, tu que trazes sempre uma espada
para o combater,
quando a nuvem negra encobre a vontade
e os desejos
nos quais a alma voa
se contorce por todos os lados.
*
Mas o espírito é a ligação
da vontade e do desejo.
*
Na verdade, quando o espírito se comporta dessa maneira
que ele quer
ver o mal nos olhos
e a cara da maldade,
mais rapidamente do que ele, tu o destróis pelo fogo
por que é essa a tua vontade.
Mas quando a razão
Diminui
Pelas obras do mal,
Tu a domas et tu a quebras, e quando tu a desejas,
Tu a trazes de volta
Pela impregnação da experiência.
*
E quando o mal
desembainha sua espada contra ti,
tu a quebras ao enfiá-la em teu próprio coração,
como tu fizeste com o primeiro anjo caído,
ao precipitar no Inferno
a torre de seu orgulho.
*
E lá, tu ergueste uma outra torre
para os publicanos e pecadores
que te confessavam seus pecados,
arrependidos de seus atos.
*
Assim, todas as criaturas
que vivem para ti, te louvam,
pois tu és o balsámo mais precioso
para os membros quebrados e as feridas purulentas
e tu as transformas em pedras preciosas.
*
Neste presente momento, condece-nos a graça
de nos reunir ao teu redor
e conduz-nos em direção aos caminhos justos.
Amém
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A mesma oração, em latim:
DE SPIRITU SANCTO
Hymnus*
O ignee Spiritus, laus tibi sit,
qui in timpanis et citharis
operaris.
*
Mentes hominum de te flagrant,
et tabernacula animarum eorum
vires ipsarum continent.
*
Inde voluntas asdit
et gustum anime tribuit,
et eius lucerna est desiderium.
*
Intellectus te in dulcissimo sono advocat,
ac edificia tibi cum racionalitate parat,
que in aureis operibus sudat.
*
Tu autem semper gladium
habes illud abscidere,
quod noxiale pomum
per nigerrimum homicidium profert.
Quando nebula volutatem
et desideria tegit,
in quibus anima volat
et undique circuit.
*
Sed mens est ligatura
voluntatis et desiderii.
*
Cum vero animus se ita erigit,
quod requirit
pupillam mali videre
et maxillam nequitie,
tu eum citius in igne comburis,
cum volueris.
*
Sed et cum racionalitas
se per mala opera
ad prona declinat,
tu eam, cum vis,
stringis et confringis et reducis
per infusionem experimentorum.
*
Quando autem malum
ad et gladium suum educit,
tu illud in cor illius refringis,
sicut in primo perdito angelo fecisti,
ubi turrim superbike illius
in infernum deiscisti.
*
Et ibi aliam turrium
in publicanis et peccatoribus elevasti,
qui tibi peccata sua
cum operibus suis confitentur.
*
Unde omnes creature,
que de te vivunt, te laudant,
quia tu preciosissimum unguentum es
fractis et fetidis vulneribus,
ubi illa in preciosissimas gemmas convertis.
*
Nunc dignare nos omnes
ad te colligere
et ad recta itinera dirigere.
Amen.
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